domingo, 22 de fevereiro de 2009

Dois evangelhos

Um ajunta, o outro seleciona,
Um acolhe, o outro, nem sei,
pois este tem amigos, o outro tem membros.
Enquanto este conhece todos, aquele outro conhece os números de SUA igreja, 1.523 membros.
Um ama os pobres,
e quem mais estiver ao seu alcance.
Já o outro prega para os ricos,
com o ar ligado e a iluminação correta.
Devo admitir, os efeitos especiais do outro são lindos,
e não sei o que seria sem seu powerpoint,
pois tudo corre conforme planejado,
em perfeita sincronia.
O um faz o que pode, com quem puder contar,
até improvisa, sem deixar a verdadeira mensagem,
batalhando como cão para manter a igrejinha em ordem,
o outro administra as "implantações de igreja",
as vezes até parece uma empresa.
O um desenha numa folha para as crianças,
facilitando o evangelho,
o outro não sei, só o vi no púlpito.
Um prega para um, dois, meia dúzia.
O outro já é visto aos milhares,
até espectadores tem.
Não é que sejam opostos,
na verdade tem até algo em comum.
Ambos tem o título de pastor,
mas acho que nem isso se pode comparar,
pois aquele tem seus títulos adquiridos no exterior.

Aquele lá é seguidor do "Show da fé", e pra mim, enquanto cristão, é uma vergonha tamanha admitir que hoje os "evangélicos" queiram show, queiram esse evangelho dos bens, das bençãos e da prosperidade. SÓ ISSO!!!
Poderiam ter Jesus inteiro, mas apenas tomam seu braço. Não querem lavar seus pés, compreender suas idéias, ouvir suas histórias, sentar ao seu lado. Nada disso. Dizem: -"Puxe-me do abismo, me ponha no trono que me é prometido, e muito obrigado! Pode sair por esta veia aí de cima, pois meu coração já está repleto de amor aos bens que me deste."
Se ao menos reconhecessem que é Ele que dá, e não a oração forte dos "pastores" por aí...
Que dizem que se eles acreditarem de verdade, terão tudo e tal e tal.
Essa balela que "vorta e meia" temos que ouvir.
E não dá nem para comparar com Jesus, como fazem por aí, seria pegar pesado demais. (tsc tsc)
É lastimável o caminho tomado pelos "evangélicos", até é embaraçoso me reconhecer como tal, este título está mal falado na praça, e com razão.
Fato é que aquele ali de cima, não creio ser pastor. Está mais para show-man, ou algo do tipo. Este aqui que eu conheço, visita, ampara e se desdobra para auxiliar os demais, na igreja, na favela, na rua ou na capela, não importa. Faz a diferença! Ao contrário do que muitos pensam, ser pastor não é apenas dar um sermão no domingo. Ser pastor de verdade está mais para ser amigo, auxiliador, mestre, etc, e etc, e etc.
E é por isso que me orgulho tanto, por este um ser meu pai, em sua simplicidade, humildade, e amor por todos, TODOS.
Quanta honra em vê-lo trabalhar e se doar tanto PELA CAUSA.
O outro nem convém citar, é provável que já o tenham visto, ele gosta de aparecer...
Mas...será que alguém aí o conhece?!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Definindo-nos

E fico a me perguntar, como é que seria o mundo sem determinadas palavras como amarelo, branco, negro, antisemitismo, pedofilia, ladrão, patrão, sexo, diabo, morte, estupro, violência, crise, negativo, céu, bêbado, pobre, dinheiro, anarquia, corno, extermínio, guerra, tropeçar, liberdade, trouxa, , esperança e tantas mais definições.
Se não conhecessemos tais palavras, seriamos tão atraídos quanto o somos hoje?
Precisamos de tantas palavras? Ou o que precisamos de fato expressar, poderiam ser expressos em ação? Um abraço, um murro e o que mais for?!