segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Brilho eterno de uma mente sem lembranças

Vale a pena esquecer, ou ao menos tentar esquecer, uma pessoa, um lugar, algo porque lhe trouxe dor? Mesmo que esse tenha trazido tantas alegrias?
A verdade é que muitas vezes somos levados por impulsos, firmamos um pensamento em nossa mente por causa de um ocorrido recente.
A dor não é maior que as alegrias que passamos, mas nos parece mais fácil odiarmos, para assim esquecermos, ao invés de guardar na memória os belos momentos pelos quais passamos e não podemos mais passar. Esta dor incomoda, a outra muito mais. Só que disso não sabemos.
Não troco a dor pelas alegrias. Não deixo de lhe ter em meu pensamento. Não guardarei esperanças de que estes momentos voltem, ao menos tentarei. No entanto estes estarão sempre em minha memória, por mais que a dor da partida incomode, por mais que não possa voltar no tempo e viver tudo isto novamente. Tudo isto que foi tão bom pra mim, me elucidou, me enlouqueceu, me transformou. Me marcou!
Não há como esquecer as risadas, os abraços, os carinhos, enfim, até mesmo os momentos tolos que passamos, todos, até os que aparentemente não faziam sentido, sem importância. Estarão comigo, haja o que houver.
Não quero esquecer, quero levá-los comigo, inda que me tragam dor, agora sei, que pelo que passei, passei, deveria ter passado, e amo tê-lo feito, do modo que foi.
Não mais me arrependerei, a dor é inevitável, então que seja a dor de ter amado e não de ter fugido deste amor.
Obrigado pelos momentos realmente vividos.

"Que importa restarem cinzas
se a chama foi bela e alta?"

Mário Quintana

Baseado no filme Brilho eterno de uma mente sem lembranças

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Louco apaixonado

Apaixonado e louco é o que sou.
Sabendo que não poderia gostar, não podendo me entregar, foi o que fiz.
Mas louco sou por pensar que poderia controlar esse sentimento tão solto, tão próprio, peculiar e independente.
Loucura! Não se escolhe a quem amar, nem quando ou mesmo onde.
O amor não se atém a horários, regras e padrões.
Não é feito por vontade própria, não se cria e elimina por mãos humanas.
Nos faz sofrer e assim nos lembra que não somos inabaláveis.
O amor nos faz sangrar, nos fazendo pensar e tira-nos do estado anestesiado do dia-a-dia.
Conclusão e respostas não tenho, já que o amor é diferente a cada vez que passa, sempre mexendo conosco.
E ficamos imóveis, contemplando-o, em um estado que só este é capaz de nos deixar, inexplicavelmente diferente, ora saltitantes de alegria, não nos contendo de tamanha felicidade, ora chorando as mais duras dores que só este é capaz de proporcionar.
Amar vale a pena, sempre vale, por isso sempre buscamos, mesmo desiludidos, mesmo fracos, humilhados, tristes e aflitos, buscamos conforto, alegrias e tudo que é positivo neste sentimento que nos move.

Leitura Complementar(hehe): Amor é coisa que não se recebe - post muito interessante sobre o amor

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Minha auto-estima

Passei a agir diferente, a partir do momento no qual caí na real.
Esperava que a sustentação de minha auto-estima viesse de pessoas, na verdade, uma única pessoa.
É, errei, custei a perceber...
Mas que besteira, mais tarde entendi, que a auto-estima é minha, de mim mesmo, minha visão de mim. Não pode depender dos outros.
Passado o momento de crise, vem a recuperação.
Passei a me valorizar, quem sabe até demais, porém, precisei disso, pra me encontrar, pra que pudesse ter confiança em mim e me permitir ser do jeito que quisesse.
Só não sei se essa minha auto-estima é legítima. Será que existe alguma assim?
Creio ser legítima no sentido de necessária, mas talvez não legítima com relação a veracidade.
Esta discussão se encerra a partir do momento que nos lembramos que é uma visão, sendo assim, é um ponto de vista, particular, portanto o que é verdade passa a ser questionável, relativo.
Auto-estima é saber de sua própria capacidade, suas virtudes e mesmo seus defeitos, pontos fracos, pois sabe-se que mesmo com estes pode-se ser como quiser, ser da maneira que faz bem a você mesmo.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

É certo que o futuro é incerto, assim como é óbvio que é imprevisível.

Poderia ser pior, mas seria eu ruim?
Há sempre a dúvida sobre qual o rumo que estamos tomando, pelos quais já passamos e pelos que ainda virão.
Sei que procuro não pensar muito nos que estão longe, no entanto é inevitável, já que nossas ações formam o amanhã e mesmo o depois de amanhã.
Você sabe diferenciar o certo do errado, mas é difícil pensar nos impactos que pequenas ações, ou mesmo grandes, terão na sua vida.
É certo que o futuro é incerto, assim como é óbvio que é imprevisível.
Mesmo assim pensamos nisso, não há como não pensar, afinal nossa vida está em jogo, quem dera fosse um jogo....
Vidas infinitas, bônus, no mínimo interessante.
Agora, vida real só temos uma, e as vezes parece não ser o bastante.
Sim, é verdade, temos várias oportunidades, possíveis mudanças, mas tudo pode acabar num momento, de uma hora pra outra.
Isso pode ser motivo de lamúria ou de festejo. Aproveitar ao máximo enquanto é possível ou fazer de tudo para não errar e não correr riscos.
Como não poderia deixar de ser, existe o meio termo, e nos parece viável... Aproveitar a vida com responsabilidade, já que podemos ter um futuro e devemos, na medida certa, zelar por ele.
Pensar um pouco não faz mal a ninguém, refletir sobre a vida, o futuro, na medida certa, é necessário. No entanto, não nos preocupemos demais, não podemos prever, assim como nunca saberemos se tomamos as atitudes certas em determinadas situações.
Procuro não pensar tanto em acerto e erro, para não lamentar o ocorrido ou não.
Não poderia ter sido diferente. Pensamos em outras tantas possibilidades e estas nos parecem tão atrativas porque não há como saber como teria sido, e é aí que fica tudo mais chamativo, pois temos a chance de imaginar, fantasiar, parecendo que de outra forma tudo daria mais certo.

Sua vida está certa do jeito que foi, não pense em outros caminhos que poderia ter tomado pois não tomou. Assuma sua vida e o rumo que ela tomou, bom, mau, não importa, foram suas ações, suas escolhas que o fizeram com interferências externas, como não poderia deixar de existir, porém o grande responsável pela sua vida é você.

Não se arrependa do passado, ele já foi.
Procure se preocupar mais com o presente, e, se for o caso, faça diferente, você pode.