segunda-feira, 12 de março de 2007

Esconde-esconde

Me escondo em mim mesmo,
Me escondo de mim mesmo.
Tão bem que não me acho,
Tão bem que já não sei quem sou.

Não existo senão como corpo,
Como corpo que nasce, cresce, trabalha, paga e morre.
Meu nascimento foi meu fim.
Nunca fui, nunca serei.

Meu mundo morreu com minha ilusão,
Ilusão de que sou.
Sou tão somente minha maior frustração,
E de frustração em frustração, sou ilusão.

Para vencer é preciso se frustrar.
Para sobreviver é preciso se frustrar.

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